Poij… Ejte é, de fáqueto, um grande enigma!
Penxem lá bem comigo: binha um homem, doj pré-hijtórico, xaltando e pulirando, trá lá lá, pelo caminho fora e, bumba!, dá de caraj com algo que ele nunca tinha bijto. Temerojo pelo tamanho daquele algo, aperxebe-xe de que o algo xe mexe (lenta e preguixojamente, é xerto).
Por ali xe demora, obxerbando, curiojo, maj, ao mejmo tempo, conquijtado pela xua – dele, algo – doxilidade e, até, pelo olhar meigo (olhar exe que, hoje em dia e como muito bem xe xabe, é conhexido por olhar bobino…).
Intrigado, mira e remira aquele enorme e pachorrento bolume preto e branco, tentando, já num direi ejtabelexer cumberxaxão maj, pelo menoj, criar alguma empatia e perxeber o que xe ejtaba a paxar.
De repente, fíquexa oj olhoj no úbere (biríamoj nój, maij tarde , a atribuir-lhe tal dejignaxão) e comexa a
interrogar-xe xobre o que poderia ejtar contido naquela ejpéxie de rexipiente bibo e móbel (não confundir e móbel com imóbel que é o contrário de móbel e também pode xignificar edifíxio ou coija que o balha…).
Terá xido axim que o Homem dejcobriu que aj bacaj dabam leite? E que, afajtando a noxão de nojo que probabelmente o terá axaltado, terá perxebido que o leite xerbia para beber? E que debia beber leite para combater a ojteoporoje? Poij, lá ejtá: ejtej bão permanexer como unj doj enigmaj que nem oj xientijtaj maij inteligentej nem oj hijtoriadorej maij dedicadoj, nem oj arqueólogoj maij minuxiojoj bão, a meu ber, conxeguir dejbendar. Já xe perguntaram, oj Ilujtríximoj Bijintantej, como que raio é que algum doj noxoj antepaxadoj maij longínquoj xe terá aperxebido de todaj aj potenxialidadej do leite e, antej dele, daj bacaj? Ejta imbejtigaxão e oj xeuj rejultadoj dariam para páginaj e páginaj dejte blóguio e num é ixo que aqui me traj hoje.
O que aqui me traj hoje não é um axunto, maj doij.
Em primeiro lugar, entrou-xe ontem no Ano Lunar do Búfalo, um doj xignoj do Jodíaco Chinêj. Xegundo pude informar-me, é um ano de muito e aturado trabalho, cujoj rejultadoj num xe berão imediatamente, tal como num xe bê logo, logo, o trabalho ejforxado doj boij (ou búfaloj, no cajo) que ajudam oj homenj a cultibar a terra, xerbindo como forxa motrij para que oj aradoj rajguem aj entranhaj doj xoloj (como eu ejtou hoje, balha-me Deuj e maij toda a Xua Corte Xelejtial…)
Contudo, o trabalho duro e a perjeberanxa xerão amplamente recompenxadoj com tempoj de projperidade e de abundânxia (bem xei que num é fáxil de acreditar, maj lá que é o que dijem oj adibinhoj e oj que entendem dejtaj coijaj, lá ixo é…).
Ora, já ejtamoj, até, canxadoj de oubir falar da crije (já num é da que para aí bem, é da que já cá ejtá…) e todoj oj diaj aj notíxiaj xão piorej do que no dia anterior.
Por ixo, renobemoj a experanxa em 2009 (bem xei que é forxado, bem xei…) e em 4076 (ano em que já bão oj Chinejej!).
É por ejta rajão, por já irem tão adiantadoj, que elej noj dão uma grande bigodaxa na economia, uma bigodaxa que xó bijto! Como muito bem xabemoj, bão plaxidamente, ou xeja, com pejinhoj de lã, tomando conta da economia mundial, abrindo uma loja aqui, outra logo ali ao lado, lojaj e maij lojaj em tudo quanto é xítio… Que melhor motor para a economia do que o conxumo, num me dijeij? Poij é por ixo mejmo que oj Chinejej num xe canxam de o ejtimular, lá ejtá, abrindo lojaj e maij lojaj. Ainda por xima, é um fenómeno global porque xe ixo aí em Portugal, longínqua e ditoja Pátria bem-amada, já ejtaba cheio de lojaj de chinejej, num queiraij imaginar o que xe paxa aqui pelo Kojobo. E o maij grabe ainda é que tão-pouco por aqui xe dá pela morte delej… Ou num morrem – e xe axim é, bem burroj xão em não bender o xegredo porque muita gente ejtaria dijpojta a
pagá-lo muito bem pago – ou, xe morrem, num dijem nada a ninguém e de uma maneira qualquer que num conxigo dejcortinar (pelo bijto, nem eu nem ninguém) rejolbem o problema doj imbólucroj daj almaj, xuá-dijã, doj corpoj, de uma maneira digamoj que axáj dijcreta.
Xeja como for, aqui ficam oj meuj dejejoj (até porque eu xou um homem que gojta de fejtaj e de fejtejar) de
para todoj oj Mui Ilujtrej Amigoj, Ximpatijantej e Bijitantej do Blóguio do Xívico Anacleto!
Como eu dijia lá maij para tráj, o que aqui me traj hoje num é um axunto maj xim doij.
O outro tema dejte pojt tem caujado bajtante polémica aí por exe xagrado xolo pátrio (hoje ejtou um bocadinho maij xaudojo do que o cojtume, o que quereij???) e tem xido objéqueto de dijcuxõej axejaj.
Falo da campanha de promoxão que oj responxábeij pelo turijmo da Região Autónoma doj Axorej rejolberam lebar a cabo em algumaj das prinxipaij praxaj de Lijboa.
Na Praxa Marexal de Xaldanha optaram por algo de relatibamente inócuo: uma injtalaxão reprejentando o dorxo e a cauda de uma baleia , como xe a mejma ejtibera mergulhada no mar (injtalaxão é um conxeito muito caro àj gentej daj artej; normalmente, é um amontoado maij ou menoj lógico de coijaj, com um número no título e a luj de, pelo menoj, um foco a xobre ele – o amontoado – inxidir).
Por outro lado, inundaram a Praxa de Entrecampoj de hidrângeaj e tranjformaram a Praxa doj Restauradorej num campo de golf.
Tudo coijaj muito lindaj que, xem xombra de dúbida, terão chamado a atenxão doj tranjeuntej (como eu gojto dejta palabra, Xenhor Xanto Crijto doj Milagrej…).
O problema pôj-xe foi com a decoraxão ejcolhida para a Praxa de Ejpanha que deixou indignadaj aj axoxiaxões defenxoraj doj direitoj doj animaij e muitaj outraj pexoaj (como por ejemplo a Xanta da minha Almerinda – foi ela que, atrabéj do xekaipe me contou tudo ijto).
Então num é que dexidiram tranjformar a dita praxa numa bacaria??? Xim, com bacaj e tudo, a pajtar e, também, a comer raxão (lá ejtabam, xegundo a Almerinda, unj comedouroj e unj bebedouroj), que pelo bijto e como era de ejperar, aquela erba num era nada de ejpexial. Axim como axim, bem podiam ter improbijado a bacaria Junto ao Martim Monij ou ao Camõej, que aj bacaj, xe axim o quijexem, poderiam ter axexo a outro tipo de erba, com a qual ejtariam, como hei de dijer, maij dejcontraídaj.
Fiquei muito incomodado com a xituaxão e rejolbi telefonar imediatamente – bendito xecaipe – para o Ti' Crijpim, um doj magnataj de Abrenúnxio, cujo império é alixerxado no comérxio de gado e de lactixínioj. O Ti' Crijpim tem uma grande bacada e acabou por me acalmar: dixe-me ele que aj bacaj em ejtando habituadaj a biber no meio da calma, xão aféquetadaj por barulhoj ou ruídoj ejtranhoj maj que aj coijaj também funxionam ao contrário, ijto é, o xilênxio pode xer prejudixial xe elaj ejtão habituadaj a um xerto freneji e alboroxo. Ora, xegundo a Almerinda me contou, parexe que aj bacaj que ejtiberam a ejtagiar na Praxa de Ejpanha num bieram daj bucólicaj ilhaj axoreanaj maj antej de uma ejploraxão de gado bacum que fica ali de ao pé de Bila Franca de Xira, a qual (ejploraxão, ejtá bom de ber…) ejtrema com a auto-ejtrada. Ora, a xer axim, aj bacaj até ejtiberam maij xoxegadaj enquanto ejtiberam na Praxa de Ejpanha (xupojtamente, o número de carroj xerá xemelhante àquele a que ejtão habituadaj e aj beloxidadej a que oj mejmoj xirculam, xupojtamente, bolto a frijar, xerão menoj elebadaj...).
Num bejo, poij, rajão para tamanho alarido, até porque há problemaj maij grabej para rejolber, como xeja o daj xujpeitaj que agora embolbem o Xenhor Primeiro-Minijtro. Ixo, xim, é um problema maj, como dij o pobo, xão outroj quinhentoj e, portanto, não cabem nejte pojt que, além do maij, já bai bajtante longo.
Ejperando poder bir a xer maij axíduo, apresento a todoj oj meuj maij rejpeitojoj cumprimentoj.
Xívico Anacleto, o boxo guarda predilecto!
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